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Angels Landing em Zion NP: Tudo o que você precisa saber

Foto no inicio da Angels Landing

A trilha de Angels Landing é a mais famosa do Zion National Park e, talvez, um dos day-hikes (quando se faz a trilha em um dia, sem necessidade de acampar) mais populares dos Estados Unidos.

onde esta zion no mapa dos eua

Esse post é a descrição de uma das trilhas do Parque. O post completo sobre Zion você encontra no link: Zion National Park.

O nome Angels Landing significa “pouso dos anjos” e, reza a lenda, foi dado por uma das primeiras pessoas que alcançou seu topo.  Ao chegar lá e ver a paisagem maravilhosa, ela teria ficado tão impressionada que associou o lugar a onde os anjos pousavam quando vinham à Terra. Um nome super inspirador, que nos deu ainda mais vontade de conhecer o local.

Angel's Landing

Nós fizemos essa trilha em maio de 2017, durante uma roadtrip de 38 dias pelos EUA. Nesse post, explicamos todos os detalhes sobre a Angels Landing, para ajudá-los quando forem um dia.

Se você quiser saber mais detalhes sobre essa viagem pela terra do Tio Sam, veja os posts abaixo:

 

Angels Landing

Antes de mais nada, Angels Landing não é muito recomendada para crianças e pessoas com vertigem e/ou dificuldade de locomoção devido a sua parte final, estreita e rente a penhascos que podem chegar a 300 metros de desnível.

Placa com aviso sobre a Angels Landing

Realmente os penhascos são bem altos nessa seção final, mas o local por onde passamos conta com correntes para auxiliar os visitantes e o caminho não é tão estreito assim – achamos, realmente, mais tranquilo do que fazem parecer. Entretanto, caso opte por ir, vá com bastante cuidado e evite os dias de muito vento, chuva, neve ou gelo. Fique atento: no parque, há avisos de que sete pessoas morreram na trilha desde 2004.

Bom, agora que já demos aquela “assustadinha” básica – a qual enfrentamos em nossas pesquisas também, rs -, vamos ao que interessa: a trilha!

A trilha de Angels Landing

Como Chegar:

Para chegar ao início da trilha, chamada West Rim Trail, é necessário pegar o shuttle do Zion NP que sobe o cânion e saltar no ponto 6 (“The Grotto”).

Dentro do Zion National Park, não há muitos estacionamentos, e muitas áreas só são acessíveis aos shuttles, então recomendamos estacionar o carro perto do Visitor Center, na entrada sul do parque (próxima à cidade Springdale) e pegar o ônibus por lá. Quem não estiver de carro pode pegar a linha do shuttle que liga a cidade (que é bem pequena) ao parque (o ponto final é justamente no Visitor Center). A linha que liga a cidade ao Zion NP é a vermelha, e a que opera dentro do parque é a verde – ambas são gratuitas.

Nesse link, você vê um vídeo explicativo sobre o shuttle, além de algumas informações sempre atualizadas (em inglês). Ele sai todo dia do visitor center, de 7 da manhã às 18:45hs.

Mapa indicando as paradas de ônibus e o inicio da trilha Angles Landing

Quando saltar do ônibus, cruze a estrada e atravesse a ponte sobre o rio Virgin. Nesse ponto, há uma bifurcação: para a esquerda, você segue para a Emerald Pools, e para a direita, para a West Rim Trail e Angels Landing.

Aqui cabe uma explicação para um fato que confunde um pouco: a trilha de Angels Landing, propriamente dita, é só a parte final do que vamos descrever aqui. Ela se refere ao desfiladeiro, a partir de um ponto chamado Scout Lookout até o topo. O resto da trilha faz parte da West Rim Trail – mas a popularidade dessa parte final é tão grande, que acabaram generalizando e chamando o trajeto todo de Angels Landing.

A Trilha:

Começamos margeando o rio em uma parte plana e logo iniciamos a subida. O trajeto não é muito longo (cerca de 4,4 km em cada trecho), mas subimos bastante: o aclive é de cerca de 500 metros, sendo cerca de 160 no trecho final – Angels Landing), por onde subimos com o auxílio de correntes.

A trilha é bem marcada, com uma espécie de pavimentação, e sobe em zig-zag.

Zig Zag na trilha de Angels Landing

No final do primeiro lance das curvas, entramos em uma área plana: um cânion chamado Refrigerator Canyon, que faz juz ao nome por ser uma partezinha em que a temperatura é realmente mais baixa. Ao final dela, voltamos a subir até chegar na área chamada Walter´s Wiggles: uma série de 21 zig-zags bem curtos (e íngremes!), nomeados em homenagem ao superintendente do parque que os idealizou.

No final dessa parte, andamos mais um pouquinho e logo chegamos no Scout Lookout, um mirante onde algumas pessoas resolvem ficar e esperar os mais corajosos retornarem da Angels Landing – que começa exatamente ali. Nós demoramos 55 minutos para chegar até esse mirante.

Scout Lookout antes da Angel's Landing

É a partir desse local que a trilha começa a ficar divertida: uma subida de 800 metros de extensão e 160 metros de desnível, com precipícios de ambos os lados. Falando dessa maneira, parece que é extremamente assustador, mas não é bem assim. A maior parte desse trecho conta com correntes para auxílio e degraus cavados na pedra, além disso, o chão é bem mais largo do que esperávamos. Vimos gente de todas as idades e portes físicos subindo sem maiores problemas – cada um a seu tempo, é claro.

Foto no inicio da Angels Landing

Observação: Para evitar o congestionamento de pessoas nessa seção, que tem uma passagem única e estreita para subida e descida, é recomendável que a trilha seja iniciada bem cedo – por volta das 7h da manhã. Essa era uma preocupação nossa, apesar de termos chegado num horário bem congestionado (11hs). Entretanto, há um clima de bastante respeito, com as pessoas esperando umas as outras, sem apressar ninguém, e consideramos que o espaço para os cruzamentos é bem razoável.

Se você começar a subida e chegar até uma árvore seca – como mostra a foto abaixo -, por mais que esteja com medo, tente seguir até fina; – para nós, a pior parte foi o começo (e você já passou por ela), depois fica um pouco mais largo, apesar de mais íngrime – e a vista compensa! Você não vai querer desistir tendo chegado tão perto!

A árvore seca de Angel's Landing

Ao final da subida, há um platô bem grande, de onde temos vistas de 360 graus de quase todo o Zion Canyon – se você chegou lá, aproveite a vista, faça um lanchinho (só cuidado com os esquilos – eles tentam roubá-lo, mesmo! hehe) e se prepare para a volta, que acaba sendo bem rápida. Lá de cima, a gente entende direitinho o nome do lugar – é um pedacinho de céu na terra!

Vista do Angel's Landing

Vista do outro lado do Angel's Landing

Reserve de quatro a cinco horas para fazer essa trilha com calma e no seu ritmo de conforto, parando para apreciar a vista quantas vezes quiser: o Zion NP tem alguma coisa que nos hipnotiza e nos faz querer admirá-lo o tempo todo.

Uma boa pedida para o pós-trilha é almoçar (hambúrguer, saladas ou cachorro quente são vendidos ali) ou tomar uma cerveja no gramadão que fica em frente ao Zion Lodge, no ponto de ônibus número 5 – um ponto para baixo no sentido de quem desce o cânion. Pegue o ônibus voltando em direção ao Visitor Center, faça essa paradinha estratégica e depois retorne a seu carro com a sensação de missão cumprida e uma paisagem na memória que você não esquecerá nunca!

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Beijo,

Quel

  • Vivi Giese
    18 de maio de 2017

    Nunca tinha ouvida falar e já está nos meus destinos de desejo. Vocês são maravilhosos!!! Obrigada por nos mostrar esses cantinhos lindos pelo mundo!

  • Heitor Viola
    17 de maio de 2017

    Raquel, bom dia! Estou indo para uma convenção em Salt Lake City no fim de junho e resolvi estender o fds pra conhecer Zion. Obrigado por nos inspirar com seus roteiros,eu não conhecia esses parques antes.

  • Mônica Torres
    17 de maio de 2017

    Raquel, quantos dias você recomenda ficar em Zion?

    • Raquel Furtado
      Mônica Torres
      19 de maio de 2017

      Puxa, dá pra ficar uma semana tranquilo! O lugar é lindo demais! Sugiro pelo menos 3 =)

  • Leandro Villas Boas
    17 de maio de 2017

    Angel´s landing entrou no meu roteiro, com certeza! Que lugar! É oreciso saber escalar?

    • Raquel Furtado
      Leandro Villas Boas
      17 de maio de 2017

      Não – nada de escolada! Trilha normal, com auxílio de correntes como corrimão!

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