Se você já leu sobre o momento Eureka da Quel, você sabe que ela passou por um profundo processo de reflexão e resolver dar um novo rumo à sua vida no digital. Você talvez saiba, também, que eu tive uma participação nesse processo. E é sobre isso que eu escrevo pra vocês hoje:
Como tudo começou…
O primeiro encontro
Eu e a Quel nos conhecemos a primeira vez em julho de 2022 durante a viagem de uma amiga em comum (@isabellamezzadri, brasileira) à Suíça. A Isa estava de viagem para um projeto pessoal e ficou parte da viagem na casa da Quel. Ela queria que nós duas nos conhecêssemos para que pudéssemos ter um “suporte” ou algum “laço brasileiro” na vida aqui fora, já que as duas moravam aqui. Então, marcamos um encontro todas juntas.
Foi um dia super gostoso. Fomos para o lago Lungern – que é simplesmente maravilhoso – e fizemos um piquenique em uma “ilhota” que tem por ali e que geralmente fica super vazia. Depois fomos até Isetwald pra curtir o lago Brienz e o dia maravilhoso que fazia. A Quel teve que ir embora mais cedo porque estava em um dia de trabalho e, por incrível que pareça, essa foi a última vez que nos vimos e nos falamos.
Acredito que tanto eu como a Quel entramos em um fluxo da vida “aqui fora” de experiências e processos que precisávamos viver naquele momento e nem abrimos tanto espaço pra um reencontro acontecer – ou talvez não seria o momento mesmo, não sei. Mas foi algo natural.
Nessa época eu ainda morava em outra cidade que ficava uns 15 minutos de Lucerna (onde a Quel já morava), que se chama Emmenbrücke. Eu estava vivendo muitos desafios no meu primeiro ano de adaptação em um novo país e me lembro que um tema recorrente na minha vida era TRABALHO.
Eu queria alguém pra caminhar comigo
Meu desejo era criar projetos online (um mundo já conhecido por mim) que ajudariam outras pessoas nos seus processos pessoais de uma suposta mudança de país e autoconhecimento – mas eu não queria mais fazer isso sozinha.
Eu estava tão desgastada já com a adaptação e tudo que estava vivendo junto com ela e com as outras demandas que eu tinha, que a única coisa que sentia era que eu queria muito alguém comigo em algum projeto que eu criasse.
A vida na Europa é tão ditada pelo “faça você mesmo” que a última coisa que eu queria era fazer mais uma coisa eu mesma.
Eu lancei um canal no YouTube sobre minha mudança de país e segui compartilhando minhas experiências no instagram. E até cheguei a tentar criar esse “suposto” projeto mais completo várias vezes, porém nunca consegui de fato materializar. A sensação que eu tinha era que algo me segurava: as coisas não fluíam dentro de mim. Eu sentia falta de algo que não sabia o que era. Então, entendi que talvez não fosse o momento e tratei minha frustração e ansiedade com relação a isso nas minhas sessões de terapia – enquanto pedia incansavelmente pro “universo” me enviar essa pessoa que pudesse seguir comigo.
Nessa época, tinha uma frase que não saía da minha cabeça: “Quando estamos sozinhos, podemos ir rápido. Mas quando estamos acompanhados, podemos ir mais longe ainda”. Simbolicamente, eu sempre falei que meu mantra de vida era: “Devagar, vou longe” – e apesar da minha ansiedade brigar com isso ás vezes, eu tinha certeza que a pessoa que eu tanto buscava pra caminhar comigo nesse projeto, ia aparecer. Eu sempre confiei na sabedoria da vida e no universo.
(minha antiga cidade na Suíça)
A VIDA SE ENCARREGA DE NOS LEVAR ATÉ ONDE
E COM QUEM DEVEMOS ESTAR
Mal sabia eu, que tudo já estava sendo preparado antes disso. Justamente depois de 1 ano da primeira vez que eu e a Quel tínhamos nos conhecido, surgiu a minha tão esperada mudança de cidade aqui na Suíça.
E assim, de repente, eu comecei a ver a Quel pela rua, “sem querer”. Faltando duas semanas pra minha mudança acontecer, eu já tinha visto a Quel passar por mim umas 3x. Eu via ela por relance e mal dava tempo de dar um “oi” porque sempre eram momentos corridos. Uma vez meu filho chegou a apontar pro Miles (cãozinho da Quel) de longe. Outra, vi o Marc (namorado dela) saindo do trem, e por aí vai. Como não sou boba nem nada, já comecei a sentir que tinha algo “estranho” acontecendo (sim, eu sou a “louca” dos sinais – e eu amo hahaha)
A curiosidade é que eu estava me mudando exatamente pra Lucerna, onde a Quel morava também. O engraçado nisso tudo, é que mesmo morando em Emmenbrucke, eu sempre estava em Lucerna. Nunca ficava na outra cidade que eu morava, mas eu nunca mais tinha visto a Quel.
Até que um dia, depois dessa série de “encontros” em sequência, eu fui deixar meu filho na nova escola e decidi sair pra correr em volta do lago pra conhecer o nosso novo ambiente. Quando estava terminando a corrida, vejo Miles e Quel passando praticamente ao meu lado. Naquele dia eu pensei “ok, dessa vez não passa”. Fui até ela e tentei cumprimentar. Ela tava toda atrapalhada tendo reunião no telefone e não me reconheceu.
Quando eu falei “Sou eu, a Marina” só me lembro de uma confusão acontecendo: o Miles pulando em mim todo molhado do lago rs, ela pedindo desculpa pra mim e ao mesmo tempo falando inglês no telefone. Eu, então, falei “fica tranquila, eu só quis te dar um oi mesmo” e ela falou “eu te chamo mais tarde pra conversarmos”. E assim saímos andando em direções opostas. Eu ainda gritei “preciso te devolver seu biquini” (ela tinha me emprestado um biquini o dia que nos conhecemos, 1 ano atrás, e o biquini ainda estava comigo – fatos aleatórios hahaha).
Bom, acho que à partir dai vocês já imaginam o que aconteceu né? Mas talvez ainda não com tanta profundidade como foi.
O segundo encontro
Quando eu e a Quel começamos a nos falar, eu descobri que o time do trabalho dela estava sendo transferido pra Londres e muitos (incluindo ela) tinham optado por não ir. O que significava que precisariam buscar outras oportunidades.
Nesse tempo, ela chegou a comentar com a Isa sobre isso (justamente nossa amiga que tinha nos apresentado ano passado) e ela sugeriu que a Quel retomasse contato comigo. Ela disse que tinha tido um feeling sobre isso. O mais “louco” de tudo é pensar que a Quel simplesmente não tinha entrado em contato comigo ainda, mas mesmo assim o encontro aconteceu, dessa forma inesperada, quando nos cruzamos em frente ao lago.
Desde então, eu e Quel começamos a trocar mensagem sobre nossas mudanças aqui pra Suíça. Falamos sobre os desafios que encontramos no caminho, os lugares que morávamos, dicas e outras coisas. E, em uma dessas conversas, ela falou:
Em seguida, ela começou a falar sobre projetos que queria criar (algo no digital, para ajudar pessoas a ‘subirem de degrau’ e viverem mais leves) e o quanto ela sentia falta de alguém pra seguir junto.
Eu me lembro de sentar no chão do quarto ler e reler umas 10x tudo o que ela tinha escrito e pensar: “agora eu entendo porque nos reencontramos nesse momento. Chegou a hora daquele projeto vir ao mundo”. Ele não vinha antes porque não era um projeto meu, era pra ser um projeto nosso: meu e da Quel. Um projeto unindo todas as nossas experiências de mudança de país (desafios e aprendizados) e tudo o que acreditamos sobre comportamento humano, desenvolvimento pessoal, autoconhecimento, saúde mental, física, espiritual e bem-estar.
Pronto, nos (re)encontramos!
Em meio a tantas conversar, fomos percebemos ainda mais o quanto somos parecidas: amamos experiências locais em hotéis boutique, uma comida gostosa e fresquinha com um bom vinho pra acompanhar, um dia de descanso no SPA e, claro, os sinais que o universo nos manda.
O QUÃO LOUCO PARECE SER CRIAR ALGO NOVO
JUNTO COM UMA PESSOA TOTALMENTE NOVA PRA VOCÊ?
a conexão
A conexão foi tão forte naquele momento que mesmo só tendo nos encontrado uma única vez na vida, decidimos aceitar o que estávamos sentindo. Eu sempre fui assim: não nego os sinais do universo e sempre tomo decisões baseadas no que meu coração me diz. Descobri que a Quel é igualzinha!
Não parece muito louco embarcar em um novo projeto com uma pessoa que você, praticamente, acabou de conhecer? E ao mesmo tempo ter a certeza e a confiança de que simplesmente É ISSO? Esse sentimento só me lembra de uma coisa: a minha mudança pra Suíça. Nunca tinha estado nesse país antes, nunca tinha se quer pisado aqui, mas foi pra cá que as portas se abriram e cá estou eu. Me redescobrindo, confiando, e escolhendo cada vez mais uma vida leve e feliz.
O nascimento do projeto
Quando eu e a Quel começamos a conversar e tornar esse sonho real, eu me lembro de uma mensagem que ela me enviou que dizia: “Quero muito ter uma socia, uma parceira que queira fazer por amor e não só pra fazer dinheiro. É claro que o dinheiro é importante. Mas sem a essência verdadeira, o negócio não flui” – ali, se eu precisava de mais alguma confirmação do universo, ela já estava feita. Ela falou as palavras mágicas que eram os meus maiores valores dentro de um projeto: essência e verdade.
Passamos dias nos conectando de diversas formas até entender como seria, de fato, o projeto que queríamos criar e traçar um plano pra isso.
E assim, nasceu esse espaço onde está esse texto que você está lendo agora. Uma parte especial de uma linda jornada que visualizamos pela frente. O MORAR NA SUÍÇA é só a sementinha de uma árvore gigante. Queremos gerar um impacto positivo nas pessoas e no mundo, trazer mais conhecimento sobre desenvolvimento pessoal, bem-estar e ao mesmo tempo tornar todo esse processo ainda mais divertido – porque é dessa forma que acreditamos que a vida pode se tornar um lugar cada vez mais leve e feliz. Queremos reforçar a importância de estarmos bem com nós mesmos e criar uma rede de apoio para aqueles que precisam do que nós temos a oferecer: acolhimento, pertencimento, conexão, diversão e movimento.
Sejam então, muito BEM-VINDOS ao Morar na Suíça!
Marina Bahr
Marina Bähr é brasileira e no inicio de 2022 se mudou para a Suíça com seu marido e filho sem nunca ter visitado o país antes. No Brasil, trabalhava com constelação familiar e ministrava diversos cursos online com foco em autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Após sua mudança nada planejada, sentiu a necessidade de recomeçar sua vida e hoje compartilha em seus canais suas experiências pessoais morando no país dos Alpes. Marina é apaixonada pela natureza, viagens e um bom vinho para acompanhar uma comida saborosa (italiana, de preferência).
Larissa
Olá! Encontrei por acaso a página de vocês enquanto procurava sobre outros brasileiros que moram na região alemã. Também estou em um momento onde gostaria de um “laço brasileiro” na vida aqui fora. Que iniciativa legal! Eu sou arquiteta e moro e trabalho na Suíça há quase oito anos. Aguardando ansiosa novos posts.
Marina Bahr
LarissaQue demais Larissa!
Fico feliz que você tenha gostado do projeto, muito obrigada!
Aline
Gostei muito da leitura.. Meu marido é cidadão italiano e estamos com planos de morar na Suíça na parte que fala italiano ( eu estudei e continuo estudando italiano) vocês fazem trabalho de aconselhamento para mudança? Aguardo retorno. Obrigada.
Raquel Furtado
AlineOi Aline, tudo bem? Obrigada pela mensagem!
Que demais que pensam em se mudar pra cá.
Nos deixa por favor uma mensagem através da página de contato dizendo o que você está buscando com o aconselhamento que vemos se podemos atender!
Um abraço,
Quel
Patrícia Coelho
Que incrível este re-encontro. Estamos aguardando com alegria tudo de lindo wue esta por vir.
Marina Bahr
Patrícia CoelhoObrigada Patrícia.
Com certeza muitas coisas lindas estão por vir 🙂