
Montanhas Rochosas Parte 2
Essa viagem é indicada para casais, famílias, ou grupos de amigos que estejam procurando contato com a natureza . O período ideal é de junho a setembro. No inverno (dez/jan) a proposta do passeio passa a ser outra, com grande oportunidade de ski e snowboard e possibilidade de visitar cachoeiras e lagos congelados. – Este relato, entretanto, contempla apenas informações de verão. Para saber mais sobre essa outra época, acesse nosso post Inverno no Canadá. É necessário passaporte e visto para brasileiros que queiram visitar o Canadá. Escala de Custos: 3 – Alto.
Esse é o texto 2 de 3.
Leia também:
Parte 1 – Montanhas Rochosas, o planejamento e
Parte 3 – Parque Nacional de Banff
Nosso relato pelo Parque Nacional de Jasper, no Canadá
Saímos de Vancouver rumo a Jasper, seguindo viagem no trem da ViaRail. Foram quase 18h de viagem – o que até pode pode parecer entendiante e cansativo, mas é longe disso! Pra gente, foi a primeira fatia do bolo! Todas as paisagens que víamos durante o trajeto só nos deixavam mais empolgados e ansiosos para começar a explorar a região. O trem abriu a viagem da melhor forma possível.

Chegamos em Jasper às 16:30hs. A estação de trem de Jasper é pequenininha, bem proporcional à cidade, que conta com apenas 4.500 habitantes. Desembarcamos e aguardamos alguns poucos minutos a chegada de nossas bagagens. Bem em frente à estação, estava nosso hotel, o Whistler’s Inn.


A localização do hotel é muito boa – mas considerando o tamanho de Jasper, isso não é muito difícil. 🙂 O quarto é amplo, com duas camas de casal, TV e um bom banheiro. Um forte ponto positivo do hotel são duas hidros no terraço, que funcionam até as 23hs e oferecem uma bela vista do entardecer. Muito agradável relaxar por ali no fim do dia. O Whistler’s Inn também conta com um restaurante, um Pub e uma casa de câmbio (mas não indicamos trocar dinheiro aí, pois foi a pior cotação que encontramos). O café da manhã não está incluído. Veja a avaliação no TripAdvisor.
Nesse mapinha extraído do booking.com, você tem uma ideia melhor do tamanho da cidade e da distribuição dos hotéis.
Temos aqui outras sugestões de hotéis bem localizados, mas não os conhecemos por dentro:
Veja aqui um mapa detalhado da cidade. Sinalizamos a estação de trem, o centro de informações turísticas, o nosso hotel e o centrinho aonde estão as lojas e restaurantes.
Após fazermos o check-in, fomos direto para a o Centro de Visitantes de Jasper. Sempre aconselhamos vistar o centro ao chegar em uma nova cidade, mesmo que já tenham sido feitas várias pesquisas sobre ela. Os funcionários dali podem te dizer o que está acontecendo na região, se alguma via está fechada, se há alguma atração especial, além de distribuir mapas e responder qualquer dúvida que você possa ter sobre o local. A nossa dúvida, no caso, era se havia algum lago próximo à cidade que pudéssemos conferir e aproveitar para dar um mergulho – as águas são geladas, é verdade, mas a gente não resiste a um mergulhinho!
Lagos Annete e Edith
Nos indicaram os Lakes Annete e Lake Edith, que ficam a menos de 10 minutos de carro da cidade. A imagem abaixo mostra a cidade de Jasper e os lagos que iríamos visitar. Eles estão indicados por setas vermelhas.

Pegamos um taxi e fomos conferir! O taxi foi caro para o curto trajeto: 20 dólares canadenses cada trecho (o câmbio estava praticamente CAD1 = US$1) – mas topamos mesmo assim; só alugaríamos um carro no dia seguinte e não teríamos tempo suficiente para ir caminhando. Já eram 18:30hs e o sol se poria por volta das 20:00hs. Deixamos agendado com o taxi o nosso retorno.
Os lagos são muito bonitos e ficam muito próximos um do outro, nem dois minutos a pé. Indicamos muito que os conheçam! Caminhamos pela margem do Lake Annete e demos um mergulho. Enquanto estávamos lá, uma família chegou e colocou vários caiaques na água. Ficamos morrendo de vontade hehe! Encontramos uma pequena trilha, à esquerda, que nos levou a uma ótima prainha para se tomar sol ou para relaxar admirando a vista.

Atravessamos, em seguida, uma estrada atrás dessa praia e chegamos ao Lake Edith, que estava praticamente vazio – encontramos apenas um casal (que também estava de caiaque). Tiramos algumas fotos, caminhamos um pouco pela margem e voltamos para o Lake Anette. Vimos, próximo a ele, uma área reservada para pic-nic com algumas mesas de madeira. Se tiver oportunidade, leve seu lanchinho 😉 É uma ótima opção para o fim do dia. Ficamos na região até as 19:40hs, quando nosso taxista chegou e nos levou de volta a cidade.
*** A dica é deixar combinado com o taxista o horário da volta. Não há telefones por lá e não passam taxis com frequência.












Voltamos ao hotel e nos preparamos para ir jantar. Infelizmente, os restaurantes que queríamos conhecer já estavam fechados. O jantar por lá é cedo, no máximo por volta das 21:00 horas. Já era 22:30hs quando chegamos, então, no Earls, que por sorte estava aberto. Nossa escolha da noite foi salmão grelhado com cogumelos, e ele não nos decepcionou! Existem vários restaurantes charmosos pela cidade, mas lembre-se de chegar antes das nove da noite e até fazer uma reserva. O site OpenTable é uma boa saída para isso.

No dia seguinte, acordamos cedo e fomos à Budget pegar nosso companheiro de viagem 🙂 . Alugamos um SUV e um GPS. Como passaríamos 7 dias com o carro, resolvemos pegar um maior e mais confortável, com espaço até para, caso precisássemos, dormir dentro dele. A Budget de Jasper foi recentemente comprada pela AVIS. Foi um pouco difícil encontrar o escritório pois não havíamos recebido essa informação. Se você for à cidade por esses dias (set/2013), saiba que o escritório agora é o mesmo que o da AVIS.
Já com o carro, seguimos para o supermercado para comprarmos nossos mantimentos da viagem. Sanduíches, sucos e algumas frutinhas… Não sabíamos como seria a alimentação na estrada nos próximos dias e, como o Canadá não é lá um país muito barato, fazer supermercado é um jeitinho de economizar. O supermercado que escolhemos foi o Robinsons, que fica na mesma avenida que o nosso Hotel, a Connaught Drive. Ele está à direita quando olhamos de frente para o Centro de Informações. Nossa próxima parada foi na loja Jasper Dollar Store (625, Patricia St.), mais para a ponta esquerda de Jasper. Passamos aí para comprar um cooler (para armazenar nosso lanches) e toalhas. A loja tem de tudo, é um super quebra-galho.
Com tudo pronto, chegava a hora de cair na estrada. Íamos explorar a Maligne Road, uma rodovia linda, cercada por muita natureza.
Maligne Road

Uma das atrações mais famosas do Jasper National Park é o Maligne Lake, e essa é a rodovia que nos levaria a ele. Ligamos o GPS e seguimos viagem.

A Maligne Road possui aproximadamente 45km de extensão e segue no sentido sul, partindo de Jasper.
Chegando na Maligne Road: Da saída leste de Jasper, pegue a Highway 16 EAST. Depois de 1.5km, vire a direita na Maligne Road.
Nossa primeira parada foi no Maligne Canyon, a apenas 10km da cidade. Estacionamos o carro e seguimos pelas trilhas e pontes que existem no local. Logo ao chegar, você encontrará dois murais com um mapa apresentando sugestões de trajetos para admirar os canyons. Dependendo da disposição de cada um, o caminho percorrido pode ser maior ou menor, variando, consequentemente, a quantidade de cachoeiras que se observará. O lugar é lindo e a visita vale muito a pena. No inverno, inclusive, o cenário muda completamente. O rio congela e pode-se caminhar sobre a água congelada, explorando o canyon lá de dentro. Dizem que é imperdível!






Fomos caminhando até considerarmos que já não haveria mais nenhuma novidade para se ver por ali. Não temos dúvidas de que a caminhada inteira seja linda, mas ainda queríamos chegar no Maligne Lake. Devemos ter caminhado aproximadamente 3 km (ida e volta).
Voltamos então ao carro e seguimos pela estrada. No caminho, nos deparamos com um visual maravilhoso à nossa direita. Era o Medicine Lake.

Há um local para se estacionar o carro e admirar a paisagem (mas algumas pessoas param o carro um pouquinho antes também). O lago fica bem abaixo da estrada, ao final de um amontoado de pedras. Resolvemos descer até lá: o namorado, pra variar, queria dar um mergulho. 🙂 A água estava congelante, mas ele encarou muito bem! Não tinha mais ninguém nas margens do lago, mas depois desse mergulho, os turistas se empolgaram e resolveram descer até lá. Uma latina muito simpática tirou essa foto pra gente. Importante: Esse não é um lago muito interessante de se visitar no inverno: o nível da água desce muito e o deixa com um aspecto barrento.
Mergulho dado, seguimos para o principal destino do dia, o Maligne Lake. Ele está a 44km de Jasper, e marca o fim da Maligne Road. O lago é enorme: são 22.3km de extensão e 96m de profundidade máxima! A temperatura média da água é 4°C. Nesse a gente não encarou mergulhar!
Veja aqui um mapinha da região. Mostramos com uma seta o seu local de chegada.
Estacionamos o carro por volta das 13:00 horas e fomos direto à Boat House para alugarmos uma canoa ;). Nunca tínhamos andado em uma e escolhemos esse lago para a primeira experiência. O visual era incrível! Fizemos o passeio de uma hora e ficamos mais que satisfeitos. Não sei se meus bracinhos aguentariam minutos a mais.
A Boat House também aluga caiaques duplos e individuais.

Existe por ali um passeio de 90 minutos em um barco turístico, chamado de Spirit Island Cruise. Ele vai até a Spirit Island. Não o fizemos mas dizem que é muito bonito. Foi muito bem recomendado inclusive pelo Centro de Informações Turísticas, mas nós preferimos encarar nossa canoa! Clique aqui para ver preços, horários de saída e reservas.
Ao voltarmos, depois de muito remar (e sentir que não saíamos do lugar), tiramos nosso cooler do carro e fizemos um pic-nic para o almoço. Depois, resolvemos caminhar um pouquinho até o Moose Lake, um outro lago ali pertinho – mas não valeu muito a pena. A melhor parte dessa caminhada, na verdade, foi a sorte que demos ao ver uma família de 4 ursos (o que deduzimos ser a mãe e três filhinhos) descendo de uma árvore e tentando atravessar para o outro lado do Maligne River, o rio que parte do Maligne Lake. Estávamos na ponte em frente ao lago quando os vimos. Eles passaram por debaixo da ponte várias vezes (a mãe até subiu na ponte e ficou ali, cara a cara com o turistas – veja nas fotos abaixo – mas não apresentou perigo algum). Depois, eles resolveram atravessar o rio, mas um dos filhotes foi levado pela correnteza. É incrível como esses bichinhos são fortes, pois ele conseguiu nadar contra o curso do rio e chegar até a família na margem do outro lado. Foi sensacional ver aquilo tudo acontecendo ali, na nossa frente! Tiramos muitas fotos – junto a um aglomerado de turistas que os admirava também!








