Em novembro de 2017 retornei ao Peru para uma presstrip de 5 dias à convite da TL Portfólio. Essa foi a minha terceira vez nesse país que tanto me encanta! A viagem foi realizada em parceria com nossa agência de turismo do coração, a Greenwich Tours, a operadora Enigma (que representa o Peru) e a secretaria de turismo do país, PromPeru. O objetivo foi conhecer um pouquinho de Lima – o que inclui a hotelaria, a gastronomia e a história -, assim como explorar o incrível Sol y Luna (um hotel extremamente especial em meio ao Vale Sagrado) e, claro, o cartão-postal Machu Picchu.
Reunimos os relatos dessa experiência maravilhosa nos seguintes posts:
- Um dia em Lima
- Onde se hospedar em Lima
- Tudo o que você precisa saber para ir a Machu Picchu
- Onde se hospedar para visitar Machu Picchu
- Por quê você precisa conhecer o Sol y Luna, localizado no Vale Sagrado, no Peru
- Faça o bem: a maravilhosa fundação Sol y Luna idealizada por Petit.
Nesse post, dividimos com vocês nosso dia na capital.
Um dia em Lima
Começamos nosso dia enfrentando um super trânsito (verdade, é INTENSO) desde o aeroporto até o nosso hotel.
Nos hospedamos no Hotel B Lima, localizado em Barranco – um bairro bem “trendy” na cidade. Nele encontramos bares, baladas e muitas galerias de arte e museus, como o Mate (um museu de fotografias de Mário Testino), o Pedro de Osma (esse de arte colonial) e a charmosa “galeria de lojinhas” Dedalo (ela está praticamente em frente ao hotel, não deixem de conhecer!).
Barranco (indicado no mapa pelo ícone verde) é seguro, boêmio e repleto de construções antigas, o que confere um charme super especial à região.
O hotel não poderia ser diferente: um casarão ( já foi até casa de veraneio de um presidente peruano) que há 3 anos faz parte da hotelaria limeña. Mantendo a coerência com Barranco, é um hotel boutique estilosérrimo e uma verdadeira galeria de arte.
Bem ao lado do hotel temos uma linda vista para o mar do Pacífico – mas nem se empolgue muito com a praia – a temperatura da água é 17 graus Celsius. Logo abaixo está a praia Barranquito, uma das muitas da Costa Verde, que se estende por Lima.
Bom, nossas atividades na capital começaram com um almoço. Não poderia ser diferente, né, afinal é difícil falar em Lima e não pensar em gastronomia.
Restaurantes em Lima
De uns tempos pra cá, a cidade foi decretada pelos gourmets do mundo todo como a maior jóia gastronômica da América do Sul.
Não à toa, é exatamente em Lima que estão os 2 melhores restaurantes da América Latina: o Maido, do Micha e o Central, do chef Virgilio Martínez.
Não tive a oportunidade de conhecer nenhum desses dois estabelecimentos super renomados, mas fomos a uma incrível Picanteria do chef Héctor Solis, considerado por muitos limeños um dos melhores do Peru.
O La Picanteria é um restaurante informal no estilo das antigas picanterias nortenhas, onde são oferecidos pratos tradicionais para dividir – daí o nome desse estilo de restaurante. Picar, em espanhol, é compartilhar.
O menu se repete diariamente: são 9 pratos feitos com os peixes do dia (esses sim, variam). Tudo muito, muito fresco. Para os peruanos, peixe só deve ser comido fresco, bem fresco MESMO. À noite, por exemplo, eles já não estão assim – por esse motivo o restaurante só abre para almoço e fecha as 17hs. Na tradição peruana não é costume comer peixe à noite.
Nosso cardápio foi o seguinte:
- Língua estufada
- Ceviche de Champignon com batata doce para vegetarianos
- Causa norteña de lagosta (DIVINO)
- Conchas a lá parrilla (vieiras)
- Ceviche de chita (o nome do peixe)
- Pescado al ajo crocante
- Pescado a lá parilla
- Arroz Del Norte (arroz com mariscos, como uma paella peruana)
- Pulpo a la parrilha
- Sopa de peixe (chilcano nome da sopa)
Tudo simplesmente maravilhoso!! Se você é o tipo de pessoa que valoriza uma boa comida (foi na verdade uma experiência gastronômica mesmo) e gosta de conhecer lugares típicos e pouco turísticos, recomendo muito a La Picanteria. Mas já vá preparado para o preço: ele varia dependendo do número de pessoas que vão com você (pois é preciso comprar pelo menos 1 peixe inteiro) mas em média a refeição sai a U$60 por pessoa – algo como 190 reais (inclui um drink – o pisco com maracujá fez sucesso na mesa).
Ao chegar, sugiro que passem um tempinho no bar experimentando algumas chichas – uma bebida típica dos povos indígenas da cordilheira dos andes desde o império inca. Ela é como um vinho, mas fermentada a base de milho e, às vezes, combinada a algumas frutas.
Adoramos a de maçã!
Nosso almoço durou cerca de 2 horas e alguns piscos e muitos sabores incríveis depois, seguimos para o centro de Lima.
Passeios na cidade
Fizemos um breve passeio cultural conhecendo algumas praças, como a importante Plaza San Martin, a Plaza de Armas e o Mosteiro de Dan Francisco (onde visitamos as catacumbas).
Aproveitamos a guia da operadora Enigma para aprender um pouco sobre a história de Lima. Ela nos contou que essa região central era super nobre, o que podemos observar pela arquitetura das construções em torno da praça. Aprendemos também que o Peru é um grande deserto e vive um processo de desertificação. Uma curiosidade triste é que em 5 séculos o país perdeu 40% de seu território agrícola – isso porque o deserto avança.
Depois desse breve tour cultural, conhecemos o maravilhoso Museu Larco, que apresenta galerias cronológicas com um panorama dos 4 mil anos de história do Peru Pré-colombiano. Apesar de não ser muito ligada a museus, me encantei com esse. Achei interessantíssimo acompanhar o progresso e as diferenças no artesanato de cada império que se estabeleceu no Peru. O museu ainda conta com um restaurante super charmoso, excelente para um lanche à tarde.
O museu está localizado em Pueblo Libre e abre diariamente de 9h às 22h.
Retornamos ao Hotel B para apreciarmos o poente do terraço, após um delicioso chá da tarde. Foi lindo :)!
À noite, fomos jantar em um dos hotéis mais tradicionais da cidade, o Country Club Hotel, localizado em San Isidro – um bairro mais residencial e luxuoso.
Aprendemos a fazer um autêntico Chilcano com Pisco Peruano, apreciamos uma comida deliciosa e acompanhamos, de quebra, a vitória do Peru contra a Nova Zelândia no jogo classificatório para a Copa. Foi super emocionante ver a alegria dos limeños! (Fazia mais de 30 anos que o Peru não participava da Copa do Mundo!!).
Já de volta ao hotel, dormimos logo! No dia seguinte acordaríamos bem cedo para pegarmos um vôo rumo a Cusco e nos prepararmos para a próxima experiência: Machu Picchu.
Quando ir a Lima
Muita gente associa Lima ao tempo nublado – e é verdade. A capital do Peru se mantém cinza praticamente o ano todo, mas de meados de novembro a meados de março, você pode dar sorte de pegar lindos dias de sol (como aconteceu com a gente!).